Julho - 2023 - Edição 293

Dantas Barreto

Emídio Dantas Barreto, Marechal-deexército, historiador militar, jornalista, romancista e teatrólogo, nasceu em Bom Conselho, PE, em 22 de março de 1850, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de março de 1931. Com apenas quinze anos de idade, alistou-se como voluntário na campanha do Paraguai, onde foi condecorado por sua atuação. Em 1868, foi promovido a oficial. Após o término da guerra, voltou ao Brasil e fez o curso de artilharia na Escola Militar do Rio de Janeiro. Tomou parte na campanha de Canudos, tendo sido seus esforços coroados com a promoção a Coronel. Em 1910, foi promovido a General-de-divisão. Foi ministro da Guerra de Hermes da Fonseca. Demitiu-se para assumir o governo de Pernambuco (1911-1915), sendo mais tarde eleito senador por esse Estado (1916-1918). Reformou-se como Marechal-deexército em 1918. Além da carreira militar e política, Dantas Barreto redigiu obras científicas, estudos militares e romances históricos, deixando extensas informações sobre campanhas militares do seu período. Dantas Barreto tornou-se conhecido por suas atividades de cronista, romancista e autor teatral. Colaborou na Revista Americana do Rio de Janeiro e no Jornal do Comércio de Porto Alegre. Segundo ocupante da cadeira 27, foi eleito em 10 de setembro de 1910, na sucessão de Joaquim Nabuco, e recebido pelo acadêmico Carlos de Laet em 7 de janeiro de 1911. A sessão de posse realizou-se no Palácio Monroe

Luís Edmundo

Luís Edmundo de Melo Pereira da Costa, jornalista, poeta, cronista, memorialista, teatrólogo, historiador e orador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1878, e faleceu na mesma cidade em 8 de dezembro de 1961. Aos vinte anos Luís Edmundo fazia parte do grupo simbolista, sendo diretor da Revista Contemporânea, uma das publicações de vanguarda do Simbolismo brasileiro. De 1899 a 1900, trabalhou n’A Imprensa, de Alcindo Guanabara, passando em seguida para o Correio da Manhã, que Edmundo Bittencourt acabava de fundar. Foi, durante muitos anos, corretor de companhias francesas de navegação, tendo feito inúmeras viagens marítimas à Europa. Publicou seu primeiro livro de versos, Nimbus, em 1899, Turíbulos, em 1900, e Turris Eburnea, em 1902, reunindo-os no volume das Poesias (1896-1907). Mudou seu estilo e transferiu o lirismo e o amor ao ritmo para um prosador que se transformaria no grande cronista da cidade. Tornou-se bibliófilo e pesquisador do passado, buscando temas para as peças de teatro que viria a escrever. Foi a Portugal, pesquisou em arquivos, bibliotecas e conventos de província, depois à Espanha, reunindo material, inclusive iconográfico, para as obras que iria escrever. Escreveu crônica do passado, em O Rio de Janeiro no tempo dos Vice-reis e A corte de D. João no Rio de Janeiro, e também a da vida de sua cidade no tempo em que viveu, em O Rio de Janeiro do meu tempo, sua obra-prima, e nos cinco volumes de suas memórias.

Elmano Gomes Cardim

Natural de Valença, no Estado do Rio de Janeiro, onde nasceu a 24 de dezembro de 1891. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1979. Estudou nos Colégios Pedro II e Alfredo Gomes. Concluiu o curso de Direito na Faculdade do Rio de Janeiro em 1914. Iniciou a carreira de jornalista em O Selo e no Diário de Notícias. Integrou-se, em 1909, na equipe do Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro. No jornal, redigiu por algum tempo as famosas “Várias” e passou de revisor de provas a diretor e proprietário. Exerceu cumulativamente alguns cargos públicos, no Arquivo Nacional e mais tarde foi indicado escrivão de uma das Varas de Órfãos e Sucessões. Recebeu, em 1951, o Prêmio Moors Cabot de Jornalista. Foi eleito sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro” em 1937, passando a efetivo em 1970 e a benemérito em 1976. Integrou a missão cultural no Uruguai em 1943, onde pronunciou conferências na Universidade daquele país. Entre os trabalhos publicados, merecem destaque: Justiniano José da Rocha, A Vida Jornalística de Rui Barbosa, Joaquim Nabuco: homem de imprensa, Na minha Seara, Jornalistas da Independência, Discursos, Rocha Pombo, Vidas Gloriosas, Graça Aranha e o Modernismo Brasil, Na Pauta da História. Presidiu Elmano Cardim a Associação Brasileira de Imprensa. No Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ingressou como sócio honorário em 1937, passado a efetivo em 1970 e a benemérito em 1976.