Fevereiro - 2023 - Edição 288

Sérgio Vaz

(Ladainha, 26 de junho de 1964) Poeta brasileiro. Mudou-se com a família para São Paulo aos 5 anos de idade. Mais tarde, estabeleceu-se em Taboão da Serra. Fundou, em 2000, a Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa). Também foi o criador do Sarau da Cooperifa, que semanalmente reúne cerca de 400 pessoas no Jardim Guarujá para ler e criar poesia. Promoveu, em 2007, a Semana de Arte Moderna da Periferia, inspirada na Semana de Arte Moderna de 1922. Criou outros eventos, como a Chuva de Livros; o Poesia no Ar, em que papéis com versos são amarrados a balões de gás e soltos no ar; e o Ajoelhaço, em que homens se ajoelham na rua para pedir perdão às mulheres no Dia Internacional da Mulher. Foi escolhido pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes de 2009. Foi homenageado pela escola de samba Imperatriz do Samba, que apresentou o enredo Sergio Vaz, o poeta da periferia. Seus primeiros livros foram edições independentes. Só foi publicado por uma editora em 2007, quando a Global lançou Colecionador de Pedras. Obras: 1988 – Subindo a Ladeira Mora a Noite (independente); 1991 – A margem do vento (independente); 1994 – Pensamentos Vadios (independente); 2007 – Colecionador de Pedras (Global); 2008 – Cooperifa – Antropofagia periférica (independente); 2011 – Literatura, Pão e Poesia (Global); 2016 – Flores de Alvenaria (Global), Oração dos Desesperados. Prêmios: 2011 – Trip Transformadores 2011; 2010 – Orilaxé (Grupo Cultural AfroReggae); 2007 – Unicef; Prêmio Heróis Invisíveis (Gilberto Dimenstein); Prêmio Hutúz.

Jarid Arraes

(Juazeiro do Norte, 12 de fevereiro de 1991) Escritora, cordelista e poeta brasileira. Vive em São Paulo, onde criou o Clube da Escrita para Mulheres. Tem mais de 70 títulos publicados em Literatura de Cordel, incluindo a coleção Heroínas Negras na História do Brasil. Desde a infância vive a literatura, sobretudo pela influência do seu avô, Abraão Batista, poeta, xilógrafo, escultor, ceramista, gravador e professor. E de seu pai, Hamurabi Batista, poeta, cordelista, xilógrafo e escultor. Cresceu entre manifestações de cultura tradicional nordestina, frequentando o Centro de Cultura Popular Mestre Noza. Começou a publicar aos 20 anos de idade, no blog Mulher Dialética. Colaborou em blogs e se tornou colunista da revista Fórum, até Fevereiro de 2016. Morou em Juazeiro do Norte/CE até 2014 e participou de coletivos regionais, como o Pretas Simoa (Grupo de Mulheres Negras do Cariri) e o FEMICA (Feministas do Cariri), o qual fundou. Além do livro As Lendas de Dandara, suas obras mais conhecidas são os cordéis da Coleção Heroínas Negras da História do Brasil. Também escreveu cordéis infantis, como “A menina que não queria ser princesa” e “A bailarina gorda” e “Os cachinhos encantados da princesa”. Em 2018, lançou seu primeiro livro de poesia, Um Buraco com meu Nome, publicado pelo selo Ferina. Em 2018, seu livro As Lendas de Dandara foi traduzido para o francês e publicado na França, sob o título de “Dandara et les esclaves libre” pela editora Anacaona. Seu livro foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte como melhor livro da categoria contos e crônicas de 2019.

Octavio Paz Lozano

(Cidade do México, 31 de março de 1914 — Cidade do México, 19 de abril de 1998) fPoeta, ensaísta, tradutor e diplomata mexicano, notabilizado, principalmente, por seu trabalho prático e teórico no campo da poesia moderna ou de vanguarda. Recebeu o Nobel de Literatura de 1990. Escritor prolífico cuja obra abarcou vários gêneros, é considerado um dos maiores escritores do século XX e um dos grandes poetas hispânicos de todos os tempos. Passou a infância nos Estados Unidos, acompanhando a família. De volta ao seu país, estudou direito na Universidade Nacional Autônoma do México. Cursou também especialização em literatura. Morou na Espanha, onde conviveu com diversos intelectuais. Viveu também em Paris, no Japão e na Índia. Em 1945, ingressou no serviço diplomático mexicano. Quando morava em Paris, viveu o movimento surrealista, sofrendo grande influência de André Breton. Em sua criação, experimentou a escrita automática, porém mais concisa e objetiva, voltada a um uso mais preciso da função poética da linguagem. Publicou mais de vinte livros de poesia e incontáveis ensaios de literatura, arte, cultura e política, desde Luna Silvestre, seu primeiro livro, de 1933. Poesia: 1958 – Libertad Bajo Palabra; 1962 – Salamandra; 1969 – Ladera Este; 1976 – Vuelta. Ensaios: 1950 – El laberinto de la soledad; 1956 – El Arco y la Lira; 1957 – Las peras del olmo; 1965 – Cuadrivio; 1966 – Puertas al Campo; 1967 – Corriente Alterna; 1967 – Claude Levi-Strauss o el nuevo festín de Esopo, entre outros.