Março, 2024 - Edição 299

Os drones estão chegando

Sem a tradicional queima de fogos de artifício à beira-mar, Florianópolis (SC) inovou realizando um show com 300 drones em voos coordenados, que iluminaram o céu da cidade, com uma mensagem de Feliz Ano Novo, e um desenho da icônica Ponte Hercílio Luz. Os pets e a natureza agradecem esse espetáculo sem o barulho dos fogos.

Os drones foram a grande novidade, além da tradicional queima de fogos de artifício, no último réveillon. A presença da tecnologia das imagens com 400 e até 1 mil desses equipamentos encantou a todos, passando o show de fogos de artifício para a condição de coadjuvante nos céus do país em noite de contagem regressiva de um novo ano. Acredito nessa tendência, haja vista o considerado maior show de drones da América Latina que marcou a Virada do Ano em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, onde 1 mil drones fizeram a apresentação no céu da Praia Central. Ao saírem do chão, os equipamentos foram em direção ao mar para fazer os desenhos saudando o ano que chega. Uma novidade que o governo de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, ofertou o show a Balneário Camboriú. Isso incluiu toda a estrutura técnica para a realização. Os drones pertencem ao governo do país, e ficaram na cidade catarinense somente para a apresentação.

O Réveillon de 2024 da cidade do Rio de Janeiro contou também com uma atração extra: além dos tradicionais fogos de artifício, a praia de Copacabana recebeu show de 400 drones. A tecnologia foi usada para homenagear os 40 anos do Rock In Rio no próximo ano. Os equipamentos se organizaram no céu para formando guitarras e outras imagens que remetem ao festival. O espetáculo durou cerca de oito minutos, antes da virada e da tradicional queima de fogos. Consta na história que a palavra réveillon tem origem no verbo em francês réveiller, que significa “acordar” ou “reanimar” (em sentido figurado). Assim, o réveillon é o despertar do novo ano.

Quem começou com a tradição dos fogos de artifício em Copacabana, foi o Mario da antiga churrascaria By Marius, em 1978, reunindo comerciantes do Leme para levantar verbas e realizar a queima de fogos. Na década de 1980, o antigo Hotel Meridien (esquina Princesa Isabel) iniciou sua tradicional cascata de fogos que encerrava a queima. O prédio de 39 andares recebia uma cascata de fogos que saia de seu topo e ia descendo pelos andares do arranha-céu.

Assim, outros hotéis também começaram a financiar a festa dos fogos atraindo mais turistas e moradores. Com o crescimento da festa, a cidade do Rio de Janeiro teve que se preocupar com a segurança dos frequentadores do Réveillon de Copacabana com mais uma novidade de sucesso este ano, colocando próximos os dois palcos, recebendo e encantando mais de 2 milhões de pessoas.

Por Manoel Goes, produtor cultural e escritor