Janeiro, 2023 - Edição 287

Mãos femininas que ajudaram a tecer a nossa Independência

Era setembro e soprava
Pelos campos os fortes
Ventos das mudanças
Nas águas cristalinas
Do riacho Ipiranga
Borbulhavam notícias
Da mais real importância
O tempo em sua oração e
As sementes ansiando a luz
No escuro do chão
Clamavam por uma firme
Tomada de decisão
De espada em punho
Fitando um lindo céu de anil
Sob o olhar de gente simples e
Cercado por leais cavaleiros
Eis que bradou o imperador
Do Brasil – D. Pedro I:
“Independência ou morte”
Um momento alvissareiro
Para o povo brasileiro
Um marco, um sinal
Nosso país estava livre (?)
Do jugo de Portugal
O grito atravessou séculos
Ecoou tão forte, enérgico
Que aquela cena ficou
Para sempre retratada
Na grande tela do pintor
Pedro Américo
...
Mas anterior ao grito:
A escrita,
O manifesto,
A luta,
O sangue derramado...
No curso da nossa História
Muitos fatos foram e são
Negligenciados
Nossa Independência
Foi tecida por inúmeras
Mãos humanas
Dentre elas
Além de muitas outras
As mãos femininas da
Imperatriz Maria Leopoldina
Maria Felipa – de escrava à heroína da Pátria
Maria Quitéria – patrona do Exército Brasileiro
Joana Angélica – mártir da Independência, abadessa de fé tamanha
(As nossas 3 guerreiras baianas)
...
Ouçamos então
Essas vozes femininas e tantas outras
A nos dizer nesse 7 de setembro:
Ó vinde cantar nossa
INDEPENDÊNCIA de alma leve
E coração puro
Louvar nossos heróis e nossas heroínas de outrora
Sem nos esquecermos
Que a INDEPENDÊNCIA é
Construção permanente
Do presente rumo ao futuro
Vem e abraça essa Mãe tão gentil
Preservando, amando, educando
Honrando... trabalhando por um justo Brasil
Vem que o tempo é agora
E assim como em outrora
Ouçamos a Pátria Amada que nos chama
A mantermos sempre viva da LIBERDADE
Acesa a chama!

Por Peilton Sena, membro da Academia Santista de Letras e da Academia de Letras e Artes de Praia Grande/SP