Novembro, 2022 - Edição 285

Voejam insetos

Sem porteiras e pedágios; no espaço; em grandes quantidades; coloridas, brilhantes, vivas, em estilo “heliconae”, ziguezagueando para todos os lugares, sem direcionamento fixo. Mas voltam, sim! E as pálpebras dos seres humanos ficam abertas, segundos sem piscar; as retinas abrem as membranas para os olhos enxergarem as maravilhosas borboletas que revoluteiam nas várias direções livremente.

Nas regiões de microclima elas se adaptam seja mata fechada, campo aberto, brejo ou cachoeiras altas; na queda-d’água (no solo umedecido), recebem respingos espalhados a sua volta; nessa área, há plantas aquáticas naturais com suas pétalas verdes e vistosa floração, favorecendo os insetos que sugam os néctares deliciosos para seu sustento.

A maior borboleta brasileira é a “Olho de Coruja”; seu tempo de vivência chega a dois meses. Elas são da ordem Lepidóptera, nome científico que vem do grego, significando: asas com as escamas; não oferecem dano à humanidade. Biólogos calculam que há 200 mil espécies, mas 120 mil estão registradas; números não confirmados, porque é impossível fazer tais cálculos, já que, em determinadas regiões, os insetos que estamos nos referindo não existem; pesam cerca 0,3g, sendo que a maior pode pesar 3g; chegam a ter 32cm, de envergadura (asa a asa). Na superfície da área inclinada do terreno florido, os raios infravermelhos do sol penetrando na cachoeira formam um arco-íris; as pessoas, ao vê-lo, ficam com a impressão de que está havendo impulso na frente do nicho da queda-d’água, como há enorme rocha preta, forma-se como uma tela em terceira dimensão, exibindo um quadro de sobrenatural beleza nata; prodígio inexplicável; extraordinária e intocável visibilidade que a pessoa humana, mesmo sendo artista plástica, não tem habilidade para transportar para a tela.

A reprodução das borboletas em cativeiro é de 50% a 80%, devido à ausência de predadores; cinco borboletas introduzidas no “Borboletário” equivalem a uma proporção de 10 soltas na mata. As taturanas são as lagartas com pelos; ao encostar mãos, queimam devido às substâncias tóxicas que alimentam; elas são importante peça na polinização.

Os insetos integram-se com veemência // Há outros viventes // No mundo terreno // Diferenças dos seres no planeta terra.

Por José Eduardo Coelho