A posse de Eduardo Gianetti na ABL

Em cerimônia solene no Petit Trianon, na sede da Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio, com transmissão ao vivo pelo site da ABL e pelo canal de Youtube da Instituição, o escritor, professor e economista Eduardo Giannetti da Fonseca tomou posse na cadeira de número 2 da Casa de Machado, sucedendo ao filósofo e professor Tarcísio Padilha, falecido no dia 9 de setembro do ano passado. Os ocupantes anteriores foram Coelho Neto (fundador), João Neves da Fontoura, João Guimarães Rosa e Mário Palmério.

Os acadêmicos Antonio Carlos Secchin, Edmar Lisboa Bacha e Zuenir Ventura conduziram o novo acadêmico ao Salão Nobre. A acadêmica Rosiska Darcy de Oliveira fez a entrega do colar. Já a espada foi entregue pelo acadêmico Arnaldo Niskier. A entrega do diploma foi realizada pelo acadêmico Gilberto Gil. O acadêmico Antonio Cícero fez o discurso de recepção.

Em seu discurso de posse, o novo imortal disse que “temos deveres e responsabilidades com os que nos precederam e, não menos, com os que vêm depois de nós. Se a memória é a correia de transmissão do espírito entre o passado e o presente, a imaginação criadora é a ponte capaz de nos conduzir ao futuro. Eis a imortalidade que importa”. Em entrevista antes da posse, Gianetti falou que pretende atuar, principalmente, na parte editorial da ABL: “Eu quero ajudar a ABL a produzir edições acadêmicas e comentadas de grandes clássicos brasileiros. Este é o meu projeto.”

Referência em temas como ética e filosofia, Eduardo Gianetti nasceu em Belo Horizonte, no dia 23 de fevereiro de 1957. É economista, professor, autor e palestrante formado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), ambas da Universidade de São Paulo (USP). Possui doutorado em Economia pela Universidade de Cambridge (1987). Atualmente é professor da Ibmec Educacional. Foi também professor de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), da FEA-USP (1988-1999) e da Universidade de Cambridge (1984-1987). É autor de diversos livros e artigos, sendo alguns deles traduzidos para outros idiomas. Venceu duas vezes o Prêmio Jabuti: a primeira vez, em 1994, por Vícios Privados, Benefícios Públicos?, e a segunda, em 1995, pelo livro As Partes & o Todo. Foi vencedor do prêmio Economista do Ano, pela Ordem dos Economistas de São Paulo, em 2004.

Por Maria Cabral